Bar, Doce Bar - Dia 24/02/2011

Texto: Luís Alberto de Abreu
Atriz: Yasmine Machado
Local: Sala 02

Como o tempo passa rápido! Nem parece que faz uma semana desde o primeiro ensaio solo. Fiquei fitando os textos anteriores e comparando os progressos (não muito, mas já consideráveis). Neste ensaio, uma louca entrou no barco e já mostrou um pouco do que sabe fazer. Minha nova volúpia, Yasmine, por algum motivo, não apenas aceitou, mas comprou minhas idéias (perigoso isso). Bom, diretamente ao ponto: Agora somos um trio!

 Começamos o ensaio com o habitual alongamento, e não tem jeito, o que mais alongamos é a língua. Não adianta, falamos muito (muito mesmo) e fomos para o aquecimento! Este foi embalado por algumas musicas escolhidas pelo Tarso, que já deu alguma empolgação para o mesmo, que tinha reclamado da falta de familiaridade com as musicas do ensaio anterior. Depois de algumas passagens pelo espaço, pedi para que fizessem um alongamento com o ritmo da musica, mais tarde, cada um no seu próprio ritmo. Pedi para o Tarso se atentar na coluna e nos ombros e já percebi uma melhora. Como foi o primeiro ensaio que fiz com a Yasmine, deixei ela mais solta, porem já anotada certa rigidez nas mãos. Enfim fomos novamente para os rolamentos, (que, meu Deus) o problema da semana passada deve ter sido o mesmo desta: falta de clareza na proposta. Eu pedi para que rolassem de varias maneiras, para qualquer lado, etc. Ninguém me entendeu, ate agora. Passado isso, intervalo pra água!

Na volta, retomamos o texto do Prólogo, que nesta primeira tentativa, foi bem triste. Tudo parecia ter sido perdido, não sei se foi porque trocamos a mesa que andava pela sala, por um cubinho mixuruca, mas não gostei. Segunda tentativa: opa, ja vi traços do ensaio passado, com melhoras em alguns pontos. Já na terceira, estava quase aquilo que conquistamos quinta passada. Emendada pela deixa do fim do prólogo, entrou a nossa novata.

Quando perguntada se decorou o texto, qual não foi a minha surpresa quando ela me respondeu "não"?! Bom, já disse que não tenho o menor problema com isso (POR ENQUANTO), é apenas para relatar, mesmo. Enfim, ela leu a primeira vez, discutimos sobre o texto, para que se chegasse num entendimento e fomos pra cena novamente! Ela empacou. Meu dels, que é isso? Pra cima de mim com essa preocupação? Primeiro ensaio, deve ser o jeito dela mesmo. Futuramente vou ter certeza sobre isto. Ao final, ela conseguiu, apesar de se cobrar/punir muito quando errava (calma, Mine, calma).

Em um terceiro momento, e mais interessante, conseguimos fazer uma coisa que estava apenas no campo das idéias: juntamos os dois textos! Como o primeiro é um prólogo, nos da brecha para muita coisa, então, coube o segundo, e o pior foi que para uma primeira tentativa, ficou legal.

No final, o Tarso se disse insatisfeito com seu texto, o que, de certa forma, combina perfeitamente com o que se sugere. Talvez, um outro estimulo... Já estou pensando grande de mais, mas foda-se. Já a Yasmine, disse que curtiu os dois, o que me deu uma aliviada, afinal, não quero trocar os textos no terceiro ensaio.

Eu sei que ainda temos muito chão pela frente, que muita coisa vai acontecer, mas não quero me privar desses momentos que estão sendo ótimos para uma descoberta minha. Mais um ensaio que considerei bom, mas eu sei que nem todos serão assim... Mas e dai? Quero curti esse que foi o que passei, sem esquentar a cabeça com um hipotético ensaio ruim. Agora, que venham ensaios melhores!