terça-feira, 1 de março de 2011

- O Matadouro Municipal - Dia 01/03/2011

Texto: Tennessee Williams
Atores: André - Marcelo - Natália
Local: Teatro

E mais uma direção com meus amiguinhos de sala! Muito boa por sinal (para mim). Dessa vez, com um texto mais grandinho, o trabalho também foi maiorzinho, porem a diversão cresceu proporcionalmente. Como já havia assistido a outras montagens, acabei me influenciando em alguns pontos, do meu jeito, mas levaram dedos de outras pessoas.

Bom, desde a primeira vez que li este texto, já me veio uma idéia diferente da vista ate então. Após terminar de ler, fiz um panorama de ações do texto, no qual os principais conflitos (enxergados por mim) eram expostos, enquanto eliminava partes que me atrapalhariam na exibição da minha visão do texto. Depois, desenhei o cenário (até então a sala 2), da maneira que eu queria a luz, os atores, o som, a platéia. E assim foi a criação desta montagem.

Nos ensaios, começamos apenas com o André e o Marcelo batendo texto. Apresentei a proposta de começar num tom rápido, partindo para o cômico, com a primeira cena sendo encenada, ao invés de contada no texto. Com a colaboração dos atores, chegamos num molde para seguir ate determinado ponto. Este foi um pouco para o final, onde deixa de ser num ritmo acelerado e se tornava um pseudo-contato-improvisação, onde o André estimulava o Marcelo e este ia seguindo. Para mim, foi à quebra que eu queria. Onde ficava apenas no texto, não nas ações rápidas de outrora. Como as ações se repetiam, o texto deveria se sobrepor, nesta hora. Após isto, finalizava com outra cena que eu inclui, que era o André falando no telefone. Fica a entender como quiser, aliás, tudo eu queria deixar subentendido, para que cada um tivesse o seu ponto de vista (será que consegui?) [comentários ajudam].

No processo geral, sinto que o Marcelo continua relutante a algumas propostas (apesar de que, depois de algumas conversas, vejo que pode apenas ser impressão minha). Não sei ao certo o que ele pensa sobre, mas me parece que ele precisa ver que mais pessoas estão neste barco (mesmo que furado) para que ele entre nele. Freud explicada, sem turbulências, mas quando entra, vai se molhando com gosto. André, como disse em aula, apresenta (no mínimo) quatro propostas em cima da já apresentada por ele mesmo, o que por um lado é bom, mas temos que saber cortar. A sorte dele (ou minha) é que eu gostava de quase tudo que ele propunha, mas creio que circuncidei bem. E a Natalia, não posso dizer muito, pois não tivemos um tempo suficiente para ensaiar, mas o que ela apresentou  me agradou muito. Muito mesmo. Demais.

Escolhi as músicas mediante o que elas significavam para mim e as luzes fizeram bem o papel delas. Percebi que uma pessoa ficou procurando um lugar "especial" para se acomodar, diante de tantas cadeiras viradas, mas acabou sentando junto com os demais (eu não disse nem que era para sentar, mas escolheram um lugar).

Para finalizar, a impressão que ficou deste processo foi que pequei pelo excesso. Apenas acrescentei e acrescentei. Tudo que me vinha ia para cena. Quase nada tirei. Mas num geral, ainda assim, gostei do que vi e (tirando alguns problemas técnicos de som e luz) achei perfeito (zuera). Experiência mais do que valida e que venha a próxima!

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